quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sinais dos tempos



Marks & Spencer planeia despedimentos e encerramentos

Em Londres, o Grupo Marks & Spencer anunciou despedimentos e encerramentos de lojas no momento em que o sector definha com a pior crise económica dos últimos tempos. O gigante retalhista (especializado em vestuário, alimentos e mobiliário), divulgou uma queda nas vendas do seu terceiro trimestre de 2008 menor ao que os especialistas previam mas avançou com o plano de encerrar 27 lojas e eliminar 1230 postos de trabalho (maioritariamente do sector alimentar), como medida estratégica para viabilizar o seu negócio ao longo deste ano, esperando reduzir custos estimados em 200 milhões de libras (cerca de 218 milhões de euros). Entre preocupação pela crescente taxa de desemprego e outros sinais imediatos de crise, as compras dos consumidores diminuiram, forçando os retalhistas a oferecerem descontos superiores à média. As rigorosas condições económicas fizeram já com que algumas empresas históricas do Reino Unido entrassem em processo de bancarrota.

Com a Grã-Bretanha em recessão já desde o ano passado, a Marks & Spencer começou a fazer descontos em vestuário e alimentos um mês antes do Natal, alargando os seus horários de abertura como forma de atrair clientes. Enquanto isso, a empresa continua a vender mobiliário a metade do preço e refeições que incluem dois pratos principais, duas sobremesas e uma garrafa de vinho pela módica quantia de 10 libras. Estas medidas ajudaram a atrair compradores mas lesaram as margens de lucro da empresa, levando alguns analistas a questionar a estratégia.

As origens da Marks & Spencer recuam ao já longínquo ano de 1884, altura em que Michael Marks (nascido na Rússia) começou a vender pregos, parafusos e sabão numa banca de mercado.

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