quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Marc Jacobs, The King of Cool



Nascido a 9 de Abril de 1963, em Nova Iorque, é discutivelmente o designer de moda mais influente do mundo e definitivamente um dos mais falados. Dele diz-se que tem o toque de Midas aliado ao dom de chamar a atenção, seja através de notícias que abordem as intermináveis análises aos seus visuais de passarela, o seu corpo tonificado, ou mesmo os altos e baixos da sua vida pessoal. Jacobs é, como muitos cronistas da moda referem, um pioneiro, apontando às audiências e compradores as futuras tendências, desenhando roupas, malas ou sapatos que as pessoas querem usar. Camaleão e artista da transformação, assume frequentemente um determinado tema ou estilo – através do modelo, do volume ou das camadas – apenas para o descartar por completo na estação seguinte, exactamente no momento em que o resto do mundo acaba de entrar no comboio. Segundo a conhecida publicação "Women's Wear Daily", é um dos poucos criadores "que pode em sucessivas estações apresentar colecções diametralmente opostas mas que parecem sempre de assinatura".
O selo de qualidade Marc Jacobs traduz um ar descontraído natural, sempre com cambiantes anti-autoritaristas ou marginais. Seja qual for o seu último devaneio, o visual é bonito mas não demasiado polido, feminino mas não muito provocador, actual mas sem abusar. Pegando na semente de uma ideia, fá-la crescer com hiper-atenção a todos os detalhes. Com badaladas celebridades (de Lil' Kim a Victoria Beckham e até à sua amiga e musa Sofia Coppola) a assistirem aos seus desfiles sentadas na fila da frente, não consegue sair das luzes da ribalta. Esteve especialmente em foco em 2003 altura em que a actriz Winona Ryder, fã de longa data, foi detida por ser apanhada em flagrante numa loja enquanto tentava roubar peças do criador (mais tarde, a actriz foi a estrela da campanha Primavera/Verão do designer).
Licenciado em Parsons, este nova-iorquino lançou a sua linha ao lado do seu actual parceiro de negócios, Robert Duffy, em 1986, contando para isso com o apoio de uma empresa japonesa. Em 1989, Jacobs foi nomeado director criativo da Perry Ellis, tendo sido despedido em 1992 no seguimento da então vilipendiada colecção Grunge (actualmente saudada como um momento embrionário da década de noventa). Emergindo com o rótulo de "indie darling" nos anos que se seguiram, Jacobs aceitou a posição de director criativo da Louis Vuitton em 1997, em grande parte como modo de financiar a sua própria marca, posteriormente comprada pela LVMH. Hoje em dia, Marc Jacobs é uma marca global que também produz menswear, acessórios, moda infantil, têxteis-lar, joalharia, relógios e fragrâncias... Enquanto isso, o Homem de Todas as Contradições vai coleccionando prémios de carreira.

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