terça-feira, 21 de abril de 2009

Os chineses gostam do luxo



Apesar das convulsões económicas, os sinais dão a perceber que o segmento de luxo chinês está a florescer. A 2 de Abril, a empresa de consultoria de gestão McKinsey & Company publicou um estudo que dá conta que o número de cidadãos chineses que compram artigos de luxo irá triplicar nos próximos seis anos. Em 2015, o continente asiático irá ter 4,4 milhões de famílias consideradas "ricas" contra os 1,6 milhões de famílias "urbanas" com um rendimento anual superior a 250.000 ienes. Nessa altura, a China terá a quarta população mais rica do mundo, logo atrás da dos Estados Unidos, Japão e Reino Unido. O estudo refere que num mercado explosivo como o actual, os hábitos de consumo podem mudar muito rapidamente e aqui as empresas especializadas em artigos topo de gama podem contribuir imenso para educarem os gostos, hábitos de despesas e mesmo a lealdade do consumidor.

O desenvolvimento do mercado de luxo chinês é recente. 55% dos inquiridos começaram a comprar artigos melhores apenas há quatro anos atrás. São consumidores muito jovens. 80% têm menos de 45 anos, contra 30% nos EUA e 19% no Japão. Há alguns anos atrás, os consumidores chineses faziam estas compras no estrangeiro, sendo que hoje em dia 60% delas são feitas no país. É um facto que as famílias mais privilegadas ainda se concentram nas regiões mais desenvolvidas e industrializadas do Sudeste Asiático. O estudo McKensey aponta que as empresas usam as famílias ricas como grupo-alvo, focalizando a sua acção em cidades como Xangai e Pequim, onde a competição é já forte. Arriscam-se a subvalorizar a importância de cidades mais pequenas mesmo se houverem mais ricos em Chengdu do que em Detroit, e mais em Wenzhou do que em Atlanta.

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