quinta-feira, 5 de março de 2009

O quarto segredo de Fátima


Esqueça tudo o que sabe sobre Fátima Lopes. Ou então não esqueça, mas prepare-se para algo realmente diferente, superior.

A colecção de Inverno que a criadora portuguesa apresentou esta quarta-feira em horário nobre, no Salon de Minoirs, em Paris, como quem "brinca com a crise" oferecendo-lhe beleza; como quem "brinca com o próprio nome" - nome de santa - desvendando-lhe o segredo (o quarto?) é a sua colecção mais séria, mais imponente. Mais dramática no que o drama contém de belo, de romântico. De profano, também.

O segredo de Fátima Lopes é a ausência de segredos da moda. Uma colecção é uma história e ela encena-a na perfeição. Perante uma legião de jornalistas estrangeiros em êxtase, a colecção que exibiu ontem na Semana Prêt-a-Porter, dita por ela, parece simples: "Preto-elegância; vermelho-sangue; branco-pureza". É a paleta de cores que definirá a estação fria deste ano. A paleta de quem se inspirou no imaginário religioso, reinventando-o.

As virgens dos tempos modernos são divas: caminham dez centímetros acima do chão, vestem 'leggings' negros, vestidos que voam, não mostram nada e dizem tudo. E o arco-íris pode mesmo estar todo só aí.

www.jn.sapo.pt

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